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Atendendo ao convite do Prof. Milton , professor de educação física, o Prof. Amarildo Pessoa e os alunos: Lucas Lopes, Thiago Barboza e Gabriel Pimentel estiveram neste sábado 01/10/11, às 7H00 no Parque CEMUCAN em Cotia para atividades físicas em torno do Parque dirigida pelo Prof. Milton, e a julgar pela opinião dos alunos o convite deve ser estendido para outros participarem, pois, a atividade pode ser tanto física quanto ecológica.













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Enem: Cotia tem 5 públicas acima da média .
Seg, 12 de Setembro de 2011 16:00 Sonia Marques

Responsáveis por 88% das matrículas do ensino médio do país, as escolas públicas são maioria entre as que ficaram com nota abaixo da média nacional no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Entre os estabelecimentos de ensino que tiveram desempenho inferior à média nacional na prova objetiva (511,21 pontos), 96% são públicos. Esse dado descarta os colégios que tiveram participação inferior a 2% ou com menos de 10 alunos inscritos e, por esse motivo, não recebem uma nota final.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou nesta manhã as notas de todas as 23,9 mil escolas que participaram do Enem em 2010. O órgão decidiu alterar o formato de divulgação do resultado por escola, que agora levará em conta o percentual de estudantes daquela unidade de ensino que participaram do exame. A mudança pretende reduzir distorções na divulgação dos resultados no caso de escolas em que a participação dos alunos é pequena.
Em Cotia das 17 escolas que atingiram participação mínima para avaliação, 5 obtiveram notas superiores à media nacional (537 pontos) embora com baixa participação dos alunos. A primeira da lista é a Professor Carlos Ferreira de Moraes, no Jardim Torino com 571,24 pontos. A escola tem 42 alunos no ensino médio dos quais 18,6% fizeram a prova. A escola também ficou acima da média estadual (561).
Em segundo lugar no ranking da cidade vem a escola estadual Professora Antonieta de Láscio Ozeki, no Rio Cotia (566,81), seguida pela Sidrônia Nunes Pires, em Caucaia do Alto (566,34), Pequeno Cotolengo, na Granja Viana (556,63), e Professora Erotides Aparecida Oliveira, no Jardim Japão (554,73).
Oito escolas atingiram a média e 4 tiveram baixo desempenho com pontuação inferior às médias nacional e estadual (Abaixo o ranking das escolas).
A escola com maior número participantes da prova na cidade foi a Pequeno Cotolengo que garantiu a presença de 66,7% dos alunos e a escola com menor participação foi exatamente a líder do ranking.
De modo geral as escolas de Cotia melhoram a participação em relação à prova de 2009, com exceção das escolas Deputada Conceição da Costa Neves, no Rio das Pedras e Odair Pacheco Pedroso, no Atalaia. A primeira obteve 600,58 pontos em 2009 e embora tenha atingido a média regrediu para 535,20 pontos. Já escola Odair, caiu de 525,73 para 512,76 e ficou abaixo da média.
Segundo dados do Inep, 63% das escolas que participaram do Enem no ano passado ficaram com desempenho inferior à média nacional. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a distância entre os resultados é “intolerável” e precisa ser reduzida. Ele avalia, entretanto, que muitas vezes o baixo desempenho está relacionado não apenas às condições da escola, mas de seu entorno.
“Às vezes, as condições socioeconômicas das famílias explicam muito mais o resultado de uma escola do que o trabalho do professor e do diretor. E, muitas vezes, as escolas são sobrecarregadas com responsabilidades que não são 100% delas. É muito diferente uma escola de um bairro nobre de uma região metropolitana de classe média, cujo investimento por aluno é dez vezes o investimento por aluno da rede pública, de uma escola rural que atende a filhos de lavradores que não tiveram acesso à alfabetização”, pondera o ministro.
Neste ponto a cidade de Cotia foge a regra pois na lista das 5 escolas com maior pontuação, uma delas está em um dos bairros mais esquecidos da cidade, o Jardim Japão, na divisa com a cidade de Ibiúna.
Considerando apenas as escolas com alto índice de participação no Enem (mais de 75% dos alunos), apenas uma pública está entre as 20 melhores do país: o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A média obtida pela escola mineira foi 726,42 pontos, levando em conta a média entre a prova objetiva e a redação.
Para Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho de Governança do movimento Todos Pela Educação, a ausência de escolas públicas entre as melhores do Enem não é novidade e deriva da desigualdade de acesso a oportunidades educacionais no país.
“Esse quadro é um reflexo do próprio apartheid [regime de segregação racial na África do Sul], causado por uma educação que não é oferecida no mesmo patamar a todos desde a alfabetização. As avaliações mostram que essa desigualdade [da qualidade do ensino oferecido por públicas e particulares] começa lá atrás e vai se acentuando ao longo do percurso escolar. O jovem da escola particular chega ao nível de formação e aprendizado esperados quando termina o ensino médio, mas o da escola pública chega com três ou quatro anos de déficit na aprendizagem. A luta é desigual”, avalia.